domingo, 25 de outubro de 2009

O DOM do Amor


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O SANTO REBELDE
Por nove dias consecutivos (de 10 a 19 de outubro), a Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração - Santuário das Almas - Santuário da Vida, abrigou em suas dependências, a Exposição "Dom Helder - Memória e Profecia no seu Centenário" gentilmente cedida pelo Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade (CAALL) sediado em Petrópolis. Foram quase quatrocentas pessoas que passaram entre os banners, muitas delas emocionadas, lembrando a história dessa figura que teve um enorme destaque não só na vida da Igreja do Brasil, como na história da humanidade e que pela sua coerência ao Evangelho de Jesus Cristo, testemunhou com a sua vida e colocou-se ao lado dos mais desprotegidos pela sociedade: os sem voz, sem teto, subempregados, analfabetos, famintos e migrantes, angariando assim, o respeito e admiração de chefes de Estado em todo mundo, inclusive do Papa João Paulo II, que certa vez o saudou como"Dom Helder, irmão dos pobres, meu irmão." No dia 23, no salão I de nossa paróquia, algumas poucas pessoas da comunidade (muitos são chamadas, mas poucas respondem ao chamado), ouviram a palestra do sociólogo Luiz Alberto de Souza sobre a vida de Dom Helder e o seu testemunho pessoal na convivência com o Profeta da Esperança.
Dom Helder sofreu muitas injustiças e perseguições, principalmente durante a ditadura militar que o impediu de receber o Prêmio Nobel da Paz no ano de 1974.
Relembrar a sua vida, nos enche de coragem e esperança, pois jamais deixou-se abater diante das injustiças que sofria. Colocava tudo nas mãos do Pai. "Dom Helder era um personagem extraordiário de simplicidade, de fraternidade, de disponiblidade, de atenção aos outros, de presença, de confiança, de autenticidade e transparência na fé que o animava"

"Quando eu dou de comer aos pobres, me chamam de santo. Quando eu pergundo por que eles são pobres, me chama de comunista. Se a política é fazer que os direitos humanos fundamentais sejam reconhecidos por todos, esta política não é somente um direito, mas um dever para a Igreja"(Dom Helder Câmara).

  • Em 1952, presidiu a Assembléia de fundação da CNBB.
  • Foi um grande articulador do Concílio Vaticano II.
  • Foi o mais determinado promotor da "Igreja dos Pobres" e do Ecumenismo
  • Criador do Banco da Providência no Rio de Janeiro e depois em Recife.
  • Ajudou na construção da Cruzada São Sebastião no Rio de Janeiro e na Casa de Frei Francisco em Recife para acolher os pobres.

Homem de profunda oração e comunhão com Deus, transpirava a fé que o animava. A Ir. Domilíla Ribeiro Borges, assim fala de Dom Helder:

"Chegava à nossa capela orvalhado de oração, impregnado de Deus. Suas Missas para nós foram inesquecíveis, tal era a unção e o amor com que celebrava, nos deixando marcados pela doçura e piedade, sobretudo, quando nos dava a Eucaristia. No entanto, não só a bondade mas a coragem e o destemor eram marcas de sua personalidade tão rica."

Informação:

A Exposição “Dom Helder: Memória e profecia no seu centenário 1909 - 2009", foi montada inicialmente na França e cedida ao Brasil, por José Broucker, seu curador. Os 26 painéis que medem 1,70m x 1,20m, trazem textos e fotografias que resgatam a trajetória do mais conhecido dentre os bispos brasileiros do século XX, o “irmão dos pobres”, na saudação do Papa João Paulo II.Ao vir ao Brasil, a exposição foi reorganizada e lançada como iniciativa conjunta do Instituto Dom Helder Camara /IDHeC do Recife; da Universidade Candido Mendes do Rio de Janeiro; do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade/CAALL de Petrópolis, do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular/CESEP de São Paulo; da Pontifícia Universidade Católica/PUC RJ e da Paulinas Editora de São Paulo.

DOM Helder,

DOM de Deus,

Saudades!

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